2 de dez. de 2011

Parlasul volta a se reunir e Requião quer discutir economia e Malvinas

Parlasul volta a se reunir e Requião quer discutir economia e Malvinas
Fonte: Representação Brasileira no Parlamento do MERCOSUL

Depois de um ano de inatividade, o Parlamento do Mercosul volta a se reunir nesta sexta-feira, 2, em sua sede, em Montevidéu, Uruguai. O senador Roberto Requião, presidente da Representação Brasileira no Parlasul, lidera a delegação de parlamentares de nosso país, composta por 27 deputados federais e dez senadores, que vão tomar posse nos seus mandatos.

O Parlasul, criado para representar os povos do Mercosul, reúne representantes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Nesta plenária, vão ser realizadas três sessões; a primeira, chamada de "sessão preparatória", a ser presidida pelo parlamentar mais antigo, elegerá a mesa, composta por presidente e quatro vice-presidentes, um por país. O vice-presidente pelo Brasil vai ser o deputado federal Dr.Rosinha (PT-PR). Pelo critério de rotatividade, o atual presidente, que é do Paraguai, será substituído por um parlamentar uruguaio.

A segunda sessão, chamada de "especial", vai discutir e aprovar a reforma do regimento interno do parlamento. Brasil e Uruguai, conforme já acordaram em reunião em nosso país, em novembro, vão propor mudanças pontuais no atual regimento e que se inicie um processo de revisão geral do documento.

A terceira sessão, ordinária, com pauta a ser definida na abertura dos trabalhos, também servirá para fixar o número de integrantes e a composição das comissões, que são permanentes, temporárias e especiais. Cada comissão deverá ter um representante por país.

Antes da plenária, as coordenações das delegações nacionais vão se reunir com o presidente do Parlamento, o parlamentar paraguaio Ignácio Mendoza Unzain, para consolidar as propostas de regimento interno.


Consenso do Rio

Na sessão ordinária do Parlasul, o senador Roberto Requião, presidente da Representação Brasileira, vai divulgar o "Consenso do Rio", uma proposta formulada por um grupo de economistas brasileiros, em oposição ao chamado "Consenso de Washington", decálogo de idéias neoliberais que foram impostas especialmente aos países em desenvolvimento.

O "Consenso do Rio" pretende ser uma proposta para toda a América Latina, cuja unidade é tida, pelos seus autores, como imprescindível para opor-se e superar a crise financeira global. Requião vai insistir com parlamentares da Argentina, Paraguai e Uruguai para que seus países aprofundem o debate e adotem as medidas sugeridas pelo "Consenso do Rio.


Malvinas

O senador Requião informou ainda que vai levantar o tema das Malvinas nesta retomada do Parlasul: "Levantarei a bandeira sul-americana, sem guerra e sem violência, para a retomada das Ilhas Malvinas pela Argentina. As Malvinas , nas mãos da Inglaterra, em pleno século 21 é um resquício inaceitável de colonialismo". As Malvinas, lembrou o senador, são reclamadas pela Argentina na desde o século 19.

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